terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ser ou não ser ? Eis o queixão.


Já faz algun tempo que navegando pelos sites e blogs dos amigos, ouço citações sobre " Rainha das regras ", bom se isso não for uma brincadeira é no mínimo um desacato, antes de escrever , quero deixar claro que não sou um pesquisador do Futebol de Mesa, nem tão pouco tenho mais de 2 décadas dedicadas ao botonismo, no entanto estou fazendo essa postagem só na intenção de levantar polêmica, usando assim um espírito jornalístico ( que tambem não sou ) e curioso.

Então lá vai, temos aqui em Pernambuco uma regra que denominamos "regra pernambucana", posso dizer com certeza que é a melhor que já pratiquei até hoje( vejam que escrevi pratiquei ao invés de joguei, antes que outros o digam), essa regra exige muita técnica e pontaria sem contar a paciência, na época em que pratiquei cheguei a dizer a seguinte frase " essa regra quem não consegue amar com certeza vai odiar". Porém durante o tempo em que pratiquei foi um excelente aprendizado as técnicas que adiquiri durante o tempo que estive praticando-a, uso até hoje na regra paulista, no entanto mesmo diante de qualidades que a regra pernambucana oferece e de muitos elogios que poderia fazer, acho desnecessario citar ela como " Rainha das regras", no meu entender , rainha é mãe, é o início, e em nenhum lugar encontro informações que o futebol de mesa tenha começado por aqui e muito menos com bola de borracha e goleiro redondo, mais uma vez eu digo, a regra pernambucana é muito boa, mas poderia ser melhor e quem sabe até oficial, não foi por falta de idéias e pessoas que pudessem fazer algo pra isso, poderia citar aqui varios nomes de pessoas que tentaram fazer mudanças para melhora-la e até divulga-la , no entanto toda ação barra em opniões formadas ao longo do tempo e em barreiras que poderiam ser vencidas. A renovação de atletas é lenta, muito mais lenta do que a da regra paulista aqui em pernambuco, o que pode se ver são amigos ficando de cabelos brancos , "inclusive EU", colecionando troféus conseguidos através de confrontos já um tanto conhecidos e viciosos.
A regra não oferece oportunidade de um intercambio, no máximo a gente vai a outros lugares faz um joguinho, gera curiosidade, presenteia as pessoas com bolinhas e botões, e pronto fica o amigo e esquece-se a regra.
Não estou aqui querendo esmurrar a rainha , como na foto , apesar do que muitos já o fizeram, mas sim mostrar a minha opnião aos amigos que visitam esse blog.

Seria importante ver a alegria de crianças empolgadas ouvindo com atenção as dicas e macetes de VELHOS CAMPEÕES que poderiam ser intitulados como:


O REI DO CHUTE A DISTÂNCIA
O REI DA CÊRA
O REI DO CADERNINHO
O REI DA PALHETA

......... e assim vai.

2 comentários:

Rodrigo Campelo disse...

Bom, eu ACHO que toda vez que algo é generalizado acaba-se desmerecendo todo o resto, não entendam resto aqui como algo desprezível, mas sim como todo o conjunto de coisas que sobram ao generalizar algo, que no nosso caso são as regras do futebol de botão.

Dizer que a regra pernambucana é a rainha das regras, a não ser que ela de fato seja a regra mãe do futebol de mesa – que eu acredito que não é, é ignorar toda e qualquer regra do passado, sejam oficiais ou não. Era essa regra que utilizavam para jogar com tampinha de refrigerante no chão de cimento? Ou com botões de galalite? Ou melhor, foi essa regra que deu início ao botonismo nos tempos de sei lá quem e que jogavam nos becos e ruas do Recife com pastilhas de “war”, roldanas de cortina, bola de barbante, bola de farinha e por ai vai...

Não estou querendo dizer aqui que a regra pernambucana é pior nem melhor que as outras, mas ACHO que dizer que ela é a rainha das regras é pretensioso de mais. Ficaria mais coerente dizer: “é a regra rainha do futebol de botão moderno” se ela realmente for a divisora de águas entre o botonismo de fundo de quintal e o botonismo mais voltado para o profissionalismo com a criação de clubes, associações, ligas, etc.

Com certeza a história do futebol de botão vai muito mais além de regras e rainhas e assim como no futebol real, se formos discutir sobre qual a melhor regra, qual a que apareceu primeiro, qual a mais fácil de jogar, qual a que tem os botões mais bonitos, qual a que bla bla bla... vai virar uma guerra com certeza. Por isso respeito todas as regras indiferentemente, tenho minhas preferências, claro, mas não acho que exista uma só regra mãe.

Por favor, se eu cometi alguma heresia aqui não me apedrejem, para mim acima das regras e tudo mais está à amizade, e esse pelo meu modo de ver, é o verdadeiro motivo pelo qual a maioria de nós joga botão.

Unknown disse...

É isso aí, meu caro Akiles. Hoje, o futebol de botões, praticado seguindo a regra pernambucana, a rainha das regras, é chamado de botãobol, pois é o único que na realidade representa na mesa uma partida de futebol com todos os seus ingredientes. Não vamos polemizar, pois a distância do botãobol para as outras atividades praticadas com botões é enorme, é abissal. Em termos comparativos, o botãobol é o doutorado, enquanto as outras regras ainda estão no ensino fundamental. É, de fato e de direito, a soberana das regras. A história dela remonta aos anos 40. Ao longo dos anos ela foi se aperfeiçoando, até chegar aos dias de hoje. Quem pratica o botãobol se orgulha de saber realmente jogar botão. O resto é balela.Daí, achar uma besteira daquelas querer polemizar a respeito. Você disse bem: Ame-a ou deixe-a. O botãobol é para quem é e não para quem quer!Viva o botão!