sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Jogar botão ou praticar futebol de mesa ?

Faz algum tempo que venho prestando atenção em grupos variados sobre futebol de mesa no Facebook, e algumas coisas vem me chamando atenção, uma delas é o grande numero de apreciadores dessa atividade ou hobby como alguns o chamam. A questão é que além das regras oficiais vemos que existem muitas pessoas que preferem e gostam de jogar no quintal ou garagem, muitas delas formam até associações e se organizam de forma exemplar. Meu maior interesse com essa postagem é levantar uma discussão sobre o tema e não criticar, pois eu acho muito legal essa coisa de criar resenhas e climas com os botões como se fosse a vida real, outro dia vi uma foto com dois botões que tinham sido levados pra ver o mar ( rsrsrs ), isso é muito legal pois mexe com a imaginação, pois esse era o brilho desse esporte quando eu praticava ainda na infância , até hoje tenho minhas manias, por exemplo , não mudo nomes de jogadores, uma vez batizados sempre vai ser o mesmo nome.No entanto quando comecei a praticar e ver essa atividade como esporte, me apaixonei mais ainda, a oportunidade de fazer intercambio com outros jogadores de estados diferentes é sempre um grande prazer, participar de um Brasileiro é outra satisfação, é aí onde a gente ver o quanto esse esporte poderia ser forte. O jogo de botão como muitos o chamam, quando praticado de forma caseira, gera um aspecto de brincadeira, pois ali cada turma ou grupo faz sua regra o que ocasiona que em cada lugar que se vá jogar tenha que mudar tática de jogo. Algumas vezes que levei esse esporte para fazer demonstração em escolas ou condomínio , as pessoas ficaram impressionadas com a qualidade do material ( Esse será o assunto da proxima postagem). Em minha opinião o futebol de mesa pode e deve ser levado a sério, o futebol de mesa desenvolve nas pessoas a sociabilidade, coordenação motora, raciocínio e competitividade, isso significa que ele pode ser muito importante na educação de crianças, mais para se tornar forte as federações teriam que ter recursos e para isso é necessário patrocinadores, mais as empresas ainda olham essa atividade como pura brincadeira de criança. A renovação de adeptos é necessária e urgente, mas para isso as pessoas que amam esse esporte devem ter compromisso com essa missão. Vejo que muitas vezes pessoas tem vontade de participar de grandes campeonatos e até mesmo jogar de forma oficial, mas terminam desistindo por varios motivos, um deles é o investimento já feito em botões e ou mesas que não servem para jogos oficiais, além de que sairiam da zona de conforto de seus lares e bairros onde são verdadeiros "CAMPEÕES", porém por outro lado serão esquecidos quando aquela "moda" acabar por ali, em todos os lugares que digo que jogo futebol de mesa sempre aparece um campeão. Mas onde está escrito o nome desse campeão? Fazer parte de uma federação, é fazer parte da história do esporte em seu estado, participar de um brasileirão é escrever seu nome entre os melhores do brasil, isso é muito importante para quem é botonista. Mas como uma pessoa hoje me falou, " quem joga leva leva também é gente ", mas é claro que sim ! É gente apaixonada pela mesma atividade e não pelo mesmo objetivo. Seriamos mais forte se todos andassem juntos. No entanto esses jogos e campeonatos caseiros tambem são importante para manter essa "brincadeira" viva e quem sabe então daí virá mais um grande campeão.

5 comentários:

Unknown disse...

Pois é, meu caro. Acho que a maioria dos botonistas aprendeu a dar suas paletadas através do leva-leva, jogando sem muitas pretensões em quintais e garagens, migrando para as regras oficiais à medida que desenvolviam suas habilidades ou despertavam o interesse pelas competições oficiais.
O mérito de quem pratica o botonismo de forma amadora persiste na perpetuação dessa tradição e também como porta de entrada para o jogo como esporte.
As associações amadoras desempenham um papel fundamental para a existência do botonismo. Na minha opinião, uma modalidade com menos regras, menos rigor, menos padronização, é bem mais fácil de ser assimilada e se torna mais cativante para atrair os iniciantes. Sem falar no aspecto de ser mais acessível.
Existe até a preferência dos praticantes em manter essa origem caseira do jogo. O grupo do Facebook que você mencionou em seu post, faz questão de manter esse clima de brincadeira, batizando jogadores, criando seus CT's e Arenas, fazendo entrevistas com os botões, anunciando contratações e todo tipo de situação inusitada que poderia ocorrer no mundo real. O legal é que assim conseguem manter o sentido lúdico e divertido do botonismo, que acaba se perdendo um pouco nos torneios oficiais.
O curioso é que o botonismo é um esporte que sofre um grande preconceito por parte de pessoas que o consideram apenas um hobbie, uma brincadeira. Mas dentro do botonismo também existe um preconceito entre os adeptos das diversas regras (e aqui em Pernambuco o furdunço é mais acirrado), o que faz com que a classe seja rachada, os atletas percam o interesse e o esporte não tenha o reconhecimento que lhe é devido.
Portanto, considero louvável à sua postura em reconhecer a importância das ligas "domésticas" e a necessidade de união entre os praticantes do botonismo, independentemente da regra que jogue (ou se não adotam regra oficial nenhuma) para o agradecimento do esporte.

Quem joga leva-leva também é gente.
Quintal here we go!

Dr. Botão disse...

Perfeito comentário !

Unknown disse...

Vc Akiles conseguiu sintetizar de maneira simples porém objetiva a essência do jogo de botão, ou futebol de mesa, ou botãobol, que seja qualquer destes adjetivos, o importante é fazer a continuidade desse esporte lúdico, um abraço.

Dr. Botão disse...

Grande André, saudades amigo, bom saber que vc continua antenado no F.M.

Unknown disse...

Valeu meu velho, em novembro estou de volta a terrinha um abraço.